segunda-feira, 23 de março de 2009

Ode a Paris



pronto.

esta certo.

acertado.

pago e salvo na memoria do meu computador.

anotado na agenda, que como uma vidente termina no mes de agosto, assim como esse meu sejour...


comprei a passagem.


Brasil, Bahia, Salvador, para o bem ou para o mal 5 de agosto piso os pés nessa terra e banho os cabelos nesse mar, forro esse estomago com o dende pra ver se a cabeça para de pensar

na minha Paris dos espaços minusculos, dos espanhois pequenos e geniais, dos vinhos sem fim, dos cinemas em preto e branco, assim como o inverno, e dos cancans coloridos como a primavera; do café e do chocolate mais caros do mundo, dos croissans amanteigados, dos quilos e quilos a mais; das lagrimas derramadas, dos beijos trocados, das gargalhadas dadas e dos sorrisos mil. Das crianças mimadas, das linguas multiplas, da macarronada italiana. Paris da aprendizagem, do crescimento que não se sente, da saudade que não se vê, das viagens sem fim, do samba na cabeça, do Brasil que não me sai da alma, ainda que Paris tenha roubado meu coração, eu sempre serei tua terrinha do carnaval, eu posso ter transformado as raizes em pernas, mas meus frutos sao sempre tropicais... Mas essa Paris assim tão minha so eu terei, e é com dor que começo as despedidas, os "au revoir" que eu espero que sejam um simples "a toute"... Não existe que você minha bela, perfeita em suas imperfeições, que me fez estrangeira, estrangeira a mim mesma, que me fez brasileira, e me mostrou tão latina quanto a américa cantada por Caetano, que me revelou minhas paixões, e tirou o véu da minha cegueira... A ti serei eternamente grata. Apaixonei-me por ti, e me vi um pouco mais...


ja vou embora

mas sei que vou voltar

amor, não chora

se eu volto é pra ficar...




Mas Brasil não se apoquente, que seu Ode esta no meu samba diario de cada dia...

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