domingo, 11 de setembro de 2011

Eu vim de lá pequenininha...

Ia colocar o título aqui de au revoir, de novo... Afinal mais uma vez me despeço... Ontem reuni amigos, hoje, familia, para dar aquele abraço e dizer aquele tchau...

Pela primeira vez me vi chorar, chorar de saudades, dessa terra e das pessoas que a povoam... Olhava para aquele grupo de pessoas que entraram em minha vida por acaso, pessoas que 3 anos atrás não existiam, e que hoje compartilham das melhores e piores lembranças, com as quais divido segredos, aventuras e desventuras, dignas de livros de auto-ajuda.

Percebo que não fujo mais, e ainda não deixo nada para trás, caminho para frente e comigo levo tudo o que preciso, levo os amigos e aqueles abraços eternos, as noites e noites regadas a papos portenhos, sobre amores possíveis e impossíveis, corações partidos e remendados...

Madrugadas com filmes vários, seguida de gargalhadas gostosas, almas despidas e segredos contados. Temakis sem fim em companhia do clube da luluzinha, com papos calcinhas, com papos cabeças, dignos de enlatados americanos sobre sexo a cidade e a amizade... Noites absurdas em crises surrealistas, a busca de personagens, imagens marrons, vermelhas e douradas, burros marcianos, preparando-me para o amanhã de jejum...

Se outrora cria impossível o romance, mergulhei nele até o último fio de cabelo, em beijos virtuais, vontades platônicas e juras piegas banhadas de clichês Caetanos... Descobri o irmão do irmão, aprendi a ouvi a sabedoria ora sábia, ora apenas ingênua daqueles que vieram depois de mim...

Parto com essa saudade, essa palavra que só a nossa língua comporta, e esse sentimento que só a gente entende... Saudade feliz, daquela que aguarda a visita inesperada, a carta, o abraço, o beijo, ainda que na virtualidade de uma webcam...

"quando eu voltar na Bahia terei muito que contar... eu nasci no samba e não posso parar..."