sábado, 26 de fevereiro de 2011

Enquanto o amor não vem?

Recentemente, em meu aniversário de 23 anos, um livro intitulado "Enquanto o amor não vem..." me fez pensar e questionar sobre relacionamentos e a pressão social para que encontremos um.

Fato que durante algum tempo sofri, e fiquei triste por fazer parte do bloco do eu sozinho, sofri pensando que eu havia feito algo de errado ou que teria algum tipo de defeito de fabricação que me tornava menos interessante que os outros brinquedos na prateleira. Demorou um tempo para perceber que não era o bloco do eu sozinho - que por sinal está bem mais cheio do que o bloco do eu acompanhado - que me incomodava, mas o clube dos corações partidos (porém fico feliz de informar que ao contrário de vasos de cristal corações partidos são muito remendáveis). Felizmente, superada essa fase, estou contente com as atrações do meu bloco e não trocaria esse abadá por nenhum "happly ever after".

Mas eis que do alto dos meus meros 23 aninhos sou assediadas com livrinhos que defendem que tudo o que acontece antes da chegada do verdadeiro amor apenas seja passatempo, ou seja, trabalho, estudos, viagens, amigos... são apenas uma forma de fazer-nos esquecer a solteirice. Talvez isso fosse verdade para as mulheres de outros séculos, que precisavam fazer passar o tempo até o desejado casamento, mas hoje, em vésperas de fim de mundo, você há de concordar comigo que o amor é antes de tudo passatempo enquanto trabalhos, viagens e amizades não decolam.

É, para mim, motivo de riso, ouvir em pleno século XXI mulheres assumirem que só se sentiram realizadas na vida com um homem a tiracolo, ou pior, com um anel nos dedos... Eu, como nunca fui muito fã das terríveis marquinhas deixadas pelos anéis nos dedos, prefiro evitá-los. A vida é repleta de tantas outras aventuras, que são elas meus objetivos e não minha distração. Natural que entre uma aventura e outra seria interessante um amor, para distrair a cabeça, mas jamais o contrário.

- E enquanto o amor não vem?

- Melhor é ficar sem...