quarta-feira, 18 de março de 2009


Hoje fomos abandonados por um professor.

Não, ele não resolver fazer greve inativa.

Também não passou dessa pra melhor, ainda.


Decretou um regime de "autogerencia"(necessario dizer que é uma aula de Teatro e filosofias de avantgarde): (re)faremos uma perforamance (se é que algum ato de art vivant pode ser re-feito) dia 1° de Abril - e não faz parte das comemorações do dia da mentira. Ele nos entregou o cartaz e perguntou e se eu não estivesse aqui como vocês fariam? Em seguida avisou que iria mesmo, e marcou um rendez-vous para o dia 8. Criou-se o caos ( devo lembrar que o partido politico-filosofico do tal professor é DADA): "não nos abandone!"; "porque você não vai ao menos ver a performance?"; "o que você vai nos oferecer em troca, monsieur?". Ele partiu mesmo assim...


Dai comecei a me perguntar, é possivel um regime de autogerencia, ou melhor, um espaço em que não haja lider? Quem dara a ultima palavra? Pois sabe-se bem que todos nos amamos dar a ultima palavra, o que acontece se todos os 50 do grupo resolverem fazê-lo? é possivel decidir coletivamente, de forma que todos estejam de acordo? Ou sera que um lider sempre surge? Teremos que anular nossas individualidades por um ideal coletivo? Existe coletivo?


A reunião desenrolou-se sem o professor, alguns tomaram a frente e resolveram problemas, enquanto o resto de nos descutia questões praticas, no fim um a um colocou seu casaco, a mochila nas costas e partiu...


Aguardamos ansiosos pelo dia 1° de abril e o resultado da autogerencia.

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